Mercado livre de energia cresce 18% em 12 meses

No último ano 5.041 unidades consumidoras aderiram ao mercado livre

Publicado em: 26/06/23 18:58 hs | Atualizado em 10/07/23 10:22 hs

Dados do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel, apontam que o mercado livre de energia atraiu 5.041 unidades consumidoras nos últimos 12 meses encerrados em abril, um crescimento de 18% no período. Com isso, o ambiente livre de comercialização de energia, que permite aos consumidores escolherem fornecedor e fonte de geração, entre outros aspectos, totalizou 33.197 unidades consumidoras, responsáveis por 39% da do consumo nacional de eletricidade no Brasil. O boletim destacou ainda que em maio de 2023, o custo da energia, um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 284/MWh no mercado regulado e de R$ 89/MWh do mercado livre, uma diferença de 69%. O mercado livre segue como indutor das energias renováveis, absorvendo 76% da energia gerada por usinas a biomassa, 56% por PCH, 48% por eólicas e 55% por solares centralizadas. (veja o estudo aqui)

Para Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, “esta etapa da abertura contínua do ambiente livre deve gerar oportunidades não só para consumidores, mas também para as comercializadoras, com a geração de novos negócios. O setor elétrico brasileiro deve ficar mais competitivo e a sociedade só tem a ganhar com isso.”

Atualmente, existem 202 mil pontos de consumo ligados na alta tensão. Desse total, de acordo com as estimativas da CCEE, 165 mil unidades ainda estarão no mercado regulado ao final de 2023. Entre essas cargas, projetamos que até o fim de 2023, 93 mil se beneficiam do modelo de micro e minigeração distribuída, que tem a possibilidade de migrar, mas devem ter pouca viabilidade econômica para realizar essa mudança. Ficam, portanto, as 72 mil fábricas, escritórios e estabelecimentos comerciais com potencial para aderir ao segmento livre a partir de janeiro do ano que vem.


 

TÓPICOS: